sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sem Censura - Diabetes é um dos assuntos discutidos hoje no programa

DOR NO PEITO | Sinais de gravidade

DOR NO PEITO | Sinais de gravidade



Uma dor no peito não significa necessariamente um ataque cardíaco. A maioria das pessoas que procura atendimento médico em serviços de emergência por conta de dor no peito não está tendo um ataque cardíaco, mas sim problemas menos graves, como dor muscular, refluxo ou crises de ansiedade. Entretanto, como a dor no peito pode significar um problema de saúde com risco de morte, o melhor mesmo é não arriscar. Muitos pacientes demoram a procurar ajuda para um ataque de coração por achar que os sintomas não são graves ou que a dor irá melhorar espontaneamente. Muitas vezes, este tempo de espera em casa é a diferença entre sobreviver ou não a um infarto.


Leia o texto original no site MD.Saúde:
DOR NO PEITO | Sinais de gravidade http://www.mdsaude.com/2010/11/dor-no-peito.html#ixzz2CODu391s


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Neste texto vamos explicar os seguintes pontos sobre a dor no peito:
  • Sinais de gravidade de uma dor no peito.
  • Causas de dor no peito.
  • Sintomas do infarto.
  • Outras causas graves de dor no peito além do infarto.
  • Quando procurar atendimento médico.
Dor no peito - Introdução

Um trabalho feito há alguns anos na Universidade de Michigan, EUA, avaliou 400 pacientes que chegaram ao setor de urgências com queixas de dores no peito. Após a avaliação diagnóstica, 53% dos casos não tinham uma causa orgânica definida, ou seja, não eram causados por nenhuma doença nos órgãos internos do tórax, como coração, pulmão e esôfago, por exemplo. Mais da metade eram apenas casos de ansiedade. 36% eram causados por dores músculo-esqueléticas ou por doenças do esôfago, e apenas 11% eram devidos a causas mais graves, como doenças cardiovasculares.

Vamos, então, falar um pouquinho sobre dor torácica, dando ênfase aos sinais de gravidade. É sempre bom lembrar que o que segue são apenas orientações gerais, não devendo nunca servir de base para autodiagnósticos. Apenas um médico, através da história clínica, do exame físico e de exames complementares, quando necessários, pode estabelecer diagnósticos para dor torácica.

Em alguns momentos vou usar o termo dor torácica em vez de dor no peito, uma vez que este é mais preciso, pois várias doenças que podem se manifestar com dor no peito, podem fazê-lo envolvendo todo o tórax, inclusive nas costas. Também vale ser dito que evitarei o termo ataque cardíaco, chamando-o do modo mais correto, ou seja, infarto do miocárdio ou doença isquêmica cardíaca.

Quais fatores são importantes na avaliação de uma dor no peito?

Existem dois fatores primordiais na avaliação clínica da dor torácica:
http://2.bp.blogspot.com/_pMxMXFn7L-4/TOMX19VG4eI/AAAAAAAAREM/7unM5TEV6ss/s1600/dor+no+peito.jpg
Dor no peito
- Características da dor
- História clínica do paciente


1- Características da dor no peito

Quando se tem uma dor no peito, a primeira coisa que se deve tentar esclarecer é se a mesma indica uma dor anginosa, ou seja, dor de isquemia cardíaca (infarto). A angina de peito apresenta algumas características típicas que podem ser usadas para afastar ou reforçar a suspeita de uma doença cardiovascular.

Características da dor no peito de isquemia cardíaca:

- ser mais um peso ou uma forte sensação de aperto no peito do que uma propriamente uma dor (é muito comum o paciente descrever a dor encostando o punho fechado em frente ao peito, para mostrar que a dor é em aperto)
- ser desencadeado por esforço físico ou estresse emocional.
- ser uma dor difusa no lado esquerdo e centro do tórax, frequentemente com irradiação para braço esquerdo, costas e/ou pescoço.
- vir acompanhada de suores, falta de ar, palidez ou hipotensão.
- vir acompanhada de palpitações.
- ser uma dor que dura vários minutos.
- ser uma dor que não cede aos analgésicos comuns.
- um sinal de extrema gravidade, e que fala a favor de doença cardíaca, é a perda de consciência após o início da dor torácica (leia: INFARTOFULMINANTE | Causas e sintomas).

Na maioria das vezes o infarto se apresenta como uma dor intensa e muito incomodativa. Porém, a intensidade da dor não é um fator determinante, uma vez que até 1/3 dos infartos ocorrem com leves desconfortos. Pacientes diabéticos ou idosos podem ter dores leves e, às vezes, se queixam mais de cansaços e mal estar do que propriamente de dor no peito.

Características da dor no peito que falam contra uma isquemia cardíaca:

- ser uma dor que dura poucos segundos e surge sem esforço físico ou estresse emocional.
- uma dor de curta duração que vai e volta sem fatores desencadeantes precisos.
- ser uma dor muito bem localizada, sendo o paciente capaz de apontar com o dedo indicador exatamente onde ela incide.
- ser uma dor que piora quando se aperta o local com o dedo ou quando se faz algum movimento com o tórax.
- dor em pontada ou que piora com a respiração profunda costumam ter origem outra que infarto.
- ser uma dor que vai e volta há muitos anos sem haver sinais de progressão ou piora.
- ser uma dor que melhora muito com um simples analgésico.
- ser uma dor que não irradia e não vem acompanhada de outros sintomas como falta de ar, suores, vômitos, hipotensão, etc.

Devemos salientar que as características acima são apenas orientações, de modo algum são suficientes para se descartar ou diagnosticar uma dor no peito. Algumas pessoas com crises de ansiedade podem apresentar sintomas muito parecidos com um infarto, queixando-se de palpitação, suores, falta de ar, tonturas etc...

Também é bom lembrar que a isquemia cardíaca não é a única causa grave de dor no peito, podendo esta também ser causada por pneumonia, embolia pulmonar e aneurisma de aorta, por exemplo, doenças com sintomas distintos do infarto do miocárdio.

Temos um texto exclusivo sobre a angina de peito (a dor do isquemia do coração), como maiores explicações sobre este tipo de dor torácica: SINTOMASDO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA

2- História clínica do paciente com dores no peito

Além das características da dor, os dados clínicos do próprio paciente também são extremamente relevantes. A abordagem de uma dor no peito em um paciente de 19 anos e sadio é completamente diferente da de um paciente de 63 anos, obeso, com história de diabetes, hipertensão e tabagismo.

Quanto mais fatores de risco para doença cardiovascular um paciente tiver, maiores as chances de sua dor no peito indicar uma doença mais grave. Um paciente sem fatores de risco conhecidos pode infartar? Pode, mas é pouco comum, e isso deve ser sempre levado em conta (leia: INFARTO EM JOVENS| Causas).

Os principais fatores de risco para doença cardiovascular que devem ser avaliados em um paciente com dor no peito são:

- Idade maior que 40 anos
- História prévia de doença isquêmica cardíaca
- Sedentarismo e dieta rica em gorduras saturadas
- Forte história familiar para doença isquêmica cardíaca
- Tabagismo (leia: MALEFÍCIOSDO CIGARRO | Tratamento do tabagismo)
- Obesidade (leia: OBESIDADEE SÍNDROME METABÓLICA | Definições e consequências)
- Diabetes mellitus (leia: DIABETES MELLITUS |DIAGNÓSTICO E SINTOMAS)
- Hipertensão arterial (leia: HIPERTENSÃOARTERIAL (PRESSÃO ALTA) | Sintomas e tratamento)
- Colesterol elevado (leia: COLESTEROLHDL | COLESTEROL LDL | TRIGLICERÍDEOS)
- Insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIARENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento)
- Uso de cocaína (leia: COCAÍNA |CRACK | Efeitos e complicações)

A partir dos dados explicados acima, junto com o exame físico, o médico é capaz de estabelecer os diagnósticos diferenciais para a sua dor no peito. Se a avaliação clínica indicar algum risco da dor ser de origem cardíaca, o médico irá solicitar exames para tentar diagnosticar ou descartar esta causa. Em avaliações de dor torácica, muitas vezes é mais importante descartar causas graves do que estabelecer um diagnóstico definitivo para a dor.

Causas de dor no peito

A dor no peito sempre traz consigo o medo de um infarto, porém, existem dezenas de causas para dor torácica, algumas delas tão ou mais graves que a doença isquêmica cardíaca. Na verdade, a dor no peito pode ser causada por doenças em qualquer um dos órgãos dentro e fora da caixa torácica, incluindo coração, esôfago, pulmão, pleura, mediastino, grandes vasos, costelas, cartilagens, articulações, músculos do tórax, pele etc...

Abaixo segue uma lista das principais causas de dor torácica, algumas já abordadas em outros textos deste site:

- Aneurisma de aorta (leia: ANEURISMA | Causas esintomas)
- Pneumotórax (leia: PNEUMOTÓRAX| Causas, sintomas e tratamento)
- Derrame pleural (leia: DERRAMEPLEURAL | Tratamento, sintomas e causas)
- Embolia pulmonar (leia: EMBOLIA PULMONAR |Sintomas e tratamento)
- Pneumonia (leia: PNEUMONIA| Sintomas e tratamento)
- Refluxo gastro-esofágico (leia: HÉRNIADE HIATO | REFLUXO GASTROESOFÁGICO)
- Pericardite (inflamação do pericárdio)
- Tumores do pulmão ou mediastino (leia: CÂNCERDE PULMÃO | Fatores de risco)
- Esofagite (inflamação do esôfago)
- Espasmo do esôfago
- Hipertensão pulmonar
- Costocondrite (inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno)
- Lesões nas costelas
- Lesões musculares
- Artrite (leia: ARTRITEe ARTROSE | Sintomas e diferenças)
- Fibromialgia (leia: FIBROMIALGIA| Sintomas e tratamento)
- Artrite reumatóide (leia: ARTRITEREUMATÓIDE | Sintomas e tratamento)
- Herpes zoster (leia: CATAPORA(VARICELA) | HERPES ZOSTER | Sintomas e tratamento)

Além dos órgãos e tecido do tórax, algumas vezes problemas em órgãos do abdômen podem também causar dor torácica, entre eles:

- Colecistite (leia: PEDRANA VESÍCULA | COLECISTITE | Sintomas e tratamento)
- Gastrite e úlcera péptica (leia: GASTRITE| ÚLCERA GÁSTRICA)
- Pancreatite (leia: PANCREATITECRÔNICA | PANCREATITE AGUDA)

Como pôde ser visto, o diagnóstico da dor no peito é bem complexo, uma vez que este sintoma pode indicar uma extensa gama de patologias distintas. Na dúvida, o ideal é procurar um médico. Se a sua dor é diferente das que você já sentiu antes, procure ajuda de um profissional, principalmente se você tiver fatores de risco para doença cardiovascular.

Ansiedade e gases como causa de dor torácica

Pessoas com crises de ansiedade, síndrome do pânico, depressão e hipocondria também costumam apresentar dores no peito com frequência. Pelo menos 1/3 dos pacientes que se dirigem aos serviços de urgência com dor no peito, o fazem por causas de origem psicológicas/psiquiátricas.

A relação entre gases e dor no peito é bem conhecida. Normalmente a dor por gases não é bem no tórax, mas sim na porção inferior das costelas, que chamamos de hipocôndrio. Estas dores ocorrem por dilatação dos estômago e esôfago, muitas vezes pinçando os nervos ao seu redor. Pessoas com hérnia de hiato, uma condição onde o estômago acaba subindo em direção ao tórax, podem ter dor torácica com acumulo de gases no estômago.

Outra causa comum de dor na região do hipocôndrio e costelas, mas que pode ser confundida com dor torácica, é a dor que ocorre após exercício físico extenuante. Esta dor é causada por fadiga da musculatura torácica responsável pela respiração. Ela pode assustar por aparecer durante exercícios físicos, mas é bem diferente da dor do infarto, pois ocorre tardiamente durante a atividade, não irradia, é muito localizada, não é bem no peito e parece mais uma câimbra do que a dor em aperto do infarto.

Leia o texto original no site MD.Saúde: DOR NO PEITO | Sinais de gravidade
  
 http://www.mdsaude.com/2010/11/dor-no-peito.html

domingo, 11 de novembro de 2012

Raquel Rigotto: Efeitos dos Agrotóxicos na Sáude

F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação

F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação

Os Transtornos de Adaptação estão incluídos nas F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação
Esta categoria difere das outras na medida que sua definição não repousa exclusivamente sobre a sintomatologia e a evolução, mas igualmente sobre a existência de um ou outro dos dois fatores causais seguintes: um acontecimento particularmente estressante desencadeia uma reação de "stress" aguda, ou uma alteração particularmente marcante na vida do sujeito, que comporta conseqüências desagradáveis e duradouras e levam a um transtorno de adaptação.


Embora fatores de "stress" psicossociais ("life events") relativamente pouco graves possam precipitar a ocorrência de um grande número de transtornos classificados em outra parte neste capítulo ou influenciar-lhes o quadro clínico, nem sempre é possível atribuir-lhes um papel etiológico, quanto mais que é necessário levar em consideração fatores de vulnerabilidade, freqüentemente idiossincráticos, próprios de cada indivíduo; em outros termos, estes fatores não são nem necessários nem suficientes para explicar a ocorrência e a natureza do transtorno observado.
 Em contraste, para os transtornos reunidos aqui sob F43, admite-se que sua ocorrência é sempre a conseqüência direta de um "stress" agudo importante ou de um traumatismo persistente. O acontecimento estressante ou as circunstâncias penosas persistentes constituem o fator causal primário e essencial, na ausência do qual o transtorno não teria ocorrido. Os transtornos reunidos neste capítulo podem assim ser considerados como respostas inadaptadas a um "stress" grave ou persistente, na medida em que eles interferem com mecanismos adaptativos eficazes e entravam assim o funcionamento social. 

F43.0 Reação aguda ao "stress"

Transtorno transitório que ocorre em indivíduo que não apresenta nenhum outro transtorno mental manifesto, em seguida a um "stress" físico e/ou psíquico excepcional, e que desaparece habitualmente em algumas horas ou em alguns dias. A ocorrência e a gravidade de uma reação aguda ao "stress" são influenciadas por fatores de vulnerabilidade individuais e pela capacidade do sujeito de fazer face ao traumatismo.

A sintomatologia é tipicamente mista e variável e comporta de início um estado de aturdimento caracterizado por um certo estreitamento do campo da consciência e dificuldades de manter a atenção ou de integrar estímulos, e uma desorientação. Este estado pode ser seguido quer por um distanciamento do ambiente (podendo tomar a forma de um estupor dissociativo - ver F44.2) ou de uma agitação com hiperatividade (reação de fuga). O transtorno se acompanha freqüentemente de sintomas neurovegetativos de uma ansiedade de pânico (taquicardia, transpiração, ondas de calor).

Os sintomas se manifestam habitualmente nos minutos que seguem a ocorrência do estímulo ou do acontecimento estressante e desaparecem no espaço de dois a três dias (freqüentemente em algumas horas). Pode haver uma amnésia parcial ou completa (F44.0) do episódio.


Quando os sintomas persistem, convém considerar uma alteração do diagnóstico (e do tratamento).
Choque psíquico

Estado de crise

Fadiga de combate

Reação aguda (à) (ao):
· crise
· "stress"
F43.1 Estado de "stress" pós-traumático

Este transtorno constitui uma resposta retardada ou protraída a uma situação ou evento estressante (de curta ou longa duração), de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica, e que provocaria sintomas evidentes de perturbação na maioria dos indivíduos. Fatores predisponentes, tais como certos traços de personalidade (por exemplo compulsiva, astênica) ou antecedentes do tipo neurótico, podem diminuir o limiar para a ocorrência da síndrome ou agravar sua evolução; tais fatores, contudo, não são necessários ou suficientes para explicar a ocorrência da síndrome. 

Os sintomas típicos incluem a revivescência repetida do evento traumático sob a forma de lembranças invasivas ("flashbacks"), de sonhos ou de pesadelos; ocorrem num contexto durável de "anestesia psíquica" e de embotamento emocional, de retraimento com relação aos outros, insensibilidade ao ambiente, anedonia, e de evitação de atividades ou de situações que possam despertar a lembrança do traumatismo.
Os sintomas precedentes se acompanham habitualmente de uma hiperatividade neurovegetativa, com hipervigilância, estado de alerta e insônia, associadas freqüentemente a uma ansiedade, depressão ou ideação suicida. O período que separa a ocorrência do traumatismo do transtorno pode variar de algumas semanas a alguns meses. A evolução é flutuante, mas se faz para a cura na maioria dos casos. Em uma pequena proporção de casos, o transtorno pode apresentar uma evolução crônica durante numerosos anos e levar a uma alteração duradoura da personalidade (F62.0).
Neurose traumática

F43.2 Transtornos de adaptação

Estado de sofrimento e de perturbação emocional subjetivos, que entravam usualmente o funcionamento e o desempenho sociais. ocorrendo no curso de um período de adaptação a uma mudança existencial importante ou a um acontecimento estressante. O fator de "stress" pode afetar a integridade do ambiente social do sujeito (luto, experiências de separação) ou seu sistema global de suporte social e de valor social (imigração, estado de refugiado); ou ainda representado por uma etapa da vida ou por uma crise do desenvolvimento (escolarização, nascimento de um filho, derrota em atingir um objetivo pessoal importante, aposentadoria). A predisposição e a vulnerabilidade individuais desempenham um papel importante na ocorrência e na sintomatologia de um transtorno de adaptação; admite-se, contudo, que o transtorno não teria ocorrido na ausência do fator de "stress" considerado. As manifestações, variáveis, compreendem: humor depressivo, ansiedade, inquietude (ou uma combinação dos precedentes), sentimento de incapacidade de enfrentar, fazer projetos ou a continuar na situação atual, assim como certa alteração do funcionamento cotidiano.


Transtornos de conduta podem estar associados, em particular nos adolescentes. A característica essencial deste transtorno pode consistir de uma reação depressiva, ou de uma outra perturbação das emoções e das condutas, de curta ou longa duração.


Choque cultural

Hospitalismo da criança

Reação de luto


Exclui:

transtorno ligado à angústia de separação na infância (F93.0)


F43.8 Outras reações ao "stress" grave


F43.9 Reação não especificada a um "stress" grave

Galactorréia


 
       Por Débora Carvalho Meldau  
 
Galactorréia é a produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação, podendo ocorrer também em indivíduos do sexo masculino. 
 
Tanto no homem quanto na mulher, a etiologia mais comum de galactorréia é um tumor hipofisário, responsável por secretar prolactina, denominado prolactinoma. Normalmente, este último é diminuto quando diagnosticados pela primeira vez. Contudo, tendem a aumentar mais de tamanho nos homens do que nas mulheres. Certos fármacos, como as fenotiazinas, alguns utilizados no tratamento de hipertensão (em especial, a metildopa) e os narcóticos, elevam a produção de prolactina e, consequentemente, levam à galactorréia. O hipotireóidismo também pode causar esta disfunção.

Outras causas de galactorréia compreendem: exercícios físicos (devido à liberação de endorfinas), lesões torácicas (quando há o envolvimento do 4° e 6° nervos intercostais), estimulação dos mamilos, uso de antieméticos, uso contraceptivos orais, dieta composta por alimentos gordurosos, patologias hipotalâmicas, insuficiência renal e síndrome dos ovários policísticos.

Além da síntese de leite, os sintomas diferem entre homens em mulheres. Estas últimas apresentam interrupção da menstruação ou irregularidade do ciclo menstrual, ondas de calor e ressecamento vaginal. Já os homens, podem apresentar cefaléia, perda da visão periférica, perda do interesse sexual e impotência.
Para identificar a causa dessa condição, utiliza-se uma associação de análises sanguíneas e tomografia axial computadorizada (TAC) ou ressonância magnética (RM). Durante um exame físico, são nítidos os sinais de deficiência de estrógeno, enquanto que valores de prolactina e outros hormônios, como do hormônio luteinizante (LH) e do folículo estimulante (FSH), necessitam de uma análise de sangue. Os exames de imagem (TAC e RM) podem evidenciar pequenos prolactinomas, sendo que, caso o tumor apresente grandes dimensões, o oftalmologista realiza exame dos campos para identificar problemas visuais.

O tratamento da galctorréia vai depender da causa. Quando se tratar de um prolactinoma, haverá uma variação na terapêutica. Quando a concentração de prolactina sanguínea encontra-se exacerbada e os exames de imagem mostram somente um diminuto tumor hipofisário ou nada, o médico pode recomendar o uso de bromocriptina, ou então, não receitar nenhum tratamento. Em indivíduos do sexo feminino, a bromocriptina apresenta a vantagem de elevar os níveis de estrógenos, o que pode prevenir o desenvolvimento de osteoporose. Este fármaco deve ser prescrito para pacientes com prolactinoma que pretendam engravidar, além do que colabora com a interrupção do fluxo de leite. Contraceptivos de uso oral, que contenham estrógenos, também podem ser prescritos às mulheres que apresentem pequenos prolactinomas. Em geral, os médicos recomendam a realização de um acompanhamento anual, por meio da TAC e RM.

Nos casos de pacientes que apresentam tumores grandes, estes são tratados com bromocriptina ou cirurgia, após a realização de uma investigação detalhada do sistema endócrino. O tratamento é acompanhado por um endocrinologista, neurocirurgião e um radioterapeuta.

Quando a causa for insuficiência renal, hipotireóidismo ou lesão torácica, o tratamento deve ser voltado à patologia em questão. Nas situações resultantes do uso de fármacos, o uso destes deve, quando possível, ser suspensos ou substituídos. No caso de estimulação mecânica do mamilo, esta deve ser identificada e suspensa. Os casos de disfunção hipotalâmica devem ser tratados com bromocriptina, assim como os casos de prolactinoma.